terça-feira, 4 de maio de 2010

quarta-feira, 24 de março de 2010

POR UM PROJETO POPULAR NO 58 CONEG DA UNE

Já estamos entrando na reta final de preparação do 58º Conselho Nacional de Entidades Gerais da UNE, que vai acontecer entre os dias 22 e 25 de Abril na cidade do Rio de Janeiro. Chegou o momento de fecharmos todos os detalhes, resolvermos a estrutura e garantirmos uma grande delegação presente e atuante no Coneg.

O Conselho terá um papel fundamental para o movimento estudantil brasileiro em 2010. É fato que o período eleitoral impõe o debate sobre o futuro do país nos mais diversos segmentos da sociedade, e o papel do Coneg será exatamente o de formular as propostas que a UNE defenderá durante esse período. Para além do debate eleitoral que, muitas vezes, se resume a uma disputa de poder entre os que pouco se diferem no conteúdo político, precisamos aprovar um projeto que apresente propostas de mudanças profundas para o país e seja capaz de mobilizar mentes e corações nas universidades e nas ruas.

Com certeza, nossa tarefa não será fácil, pois as forças governistas se apresentarão com propostas de transformar toda a atividade do movimento estudantil em palanque eleitoral para seus candidatos reformistas. É por isso que precisamos mobilizar várias lideranças estudantis, fundar e realizar eleições de DCE´s para marcar presença com combatividade e rebeldia durante o Coneg.

Por isso, não perca tempo. Vamos arregaçar as mangas agora para construir nossa delegação ao Coneg. Abaixo você encontra os valores do credenciamento das entidades ao Coneg, lembrando que o Conselho não fornece alimentação aos participantes, apenas estadia. No sítio do UNE (www.une.org.br) você poderá encontrar o regimento do Coneg, a programação, e a ata de eleição dos delegados do DCE, UEE ou executiva de curso.

Valor do credenciamento:

a) UEEs e Entidades Municipais – R$ 500,00 (quinhentos reais)

b) Executivas Federações e Coordenações de Cursos R$ 400,00 (quatrocentos reais)

c) Entidades que representem mais de 20 mil estudantes – R$ 300,00 (trezentos reais)

d) Entidades que representem de 10 mil a 19.999 estudantes – R$ 200,00 (duzentos reais)

e) Entidades que representem de 01 a 9.999 estudantes – R$ 100,00 (cem reais)

f) Observadores: R$ 75,00 - (setenta e cinco reais) para o (a) estudante que possui Carteira da UNE de 2010 e R$ 150,00 (cento e cinqüenta reais) para o (a) estudante que não possui a Carteira da UNE.

quarta-feira, 17 de março de 2010

OCUPAÇÃO DO R.U. CONQUISTA REDUÇÃO DA METADE DO PREÇO


Foi reaberto o Restaurante Universitário da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) no dia 15 de março (segunda feira) fruto de muita luta abaixo assinados, reabertura simbólica e vários atos promovido pelo Diretório Central dos Estudantes, mas a reitoria quer abrir o bandejão a preço de mercado, custando R$ 6 o almoço e R$ 5,20 a janta

Os estudantes organizados pelo seu DCE e seus Diretórios Acadêmicos, decidiram que não iriam se submeter a essa política de falta de assistência estudantil dentro da universidade e entenderam que este preço é uma afronta aos estudantes que com tanto sacrifício se mantém na Universidade.

Mais de duzentos estudantes pularam a catraca no primeiro dia de reabertura. Indignados pelos valores realizarem assembléia estudantil dentro do R.U. e decidiram ocupá-lo. No ínicio da noite o Reitor Vamar Correia não aquentou a pressão e voltou atrás e reduziu pela metade , chegando ao valor do almoço R$3,00 e R$ 2,60 o jantar e conceder gratuidade para 500 estudantes.

“Consideramos importante porque, em apenas um dia de protesto, conseguimos baixar pela metade. Mas R$3,00 ainda é muito caro. Nossa Meta é gratuidade para todos os estudantes. Por isso vamos dormir aqui e só sairemos quando conquistarmos a gratuidade” garantiu o presidente do DCE –UFRPE Yuri Pires, hoje (16/03) os estudantes forneceram feijoada a R$1,00 no almoço e no jantar iram fornecer sopa dentro do R.U., “ vamos provar para o reitor e para a universidade que é possível ter refeições por preço baixo” disse Yuri.

Alexandre Ferreira

Diretor de Assistência Estudantil da UNE

domingo, 14 de março de 2010

Estudantes da UEPB ocupam reitoria e conquistam reabertura de vagas na residência







Campina Grande - PB, 08 de março de 2010.

Os estudantes Residentes da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) se manifestam contra a política apresentada pela administração da universidade e ocupam a Reitoria da UEPB desde a última quinta-feira (04), onde numa ultima tentativa de negociação participaram de uma reunião com a PROEG (Pró-Reitoria de Ensino de Graduação). Na reunião, os estudantes obtiveram a confirmação, por parte da pró-reitora Eliana Maia, da não abertura de vagas para entrada de novos residentes na casa e com isso finalizar as atividades da atual Residência.
Atualmente a Residência Universitária da UEPB possui 19 estudantes, apesar de sua capacidade ser de até 40 pessoas, dessa forma, a UEPB deixa de atender estudantes que tem o direito de acesso a essa residência. Em contra partida apresenta apenas uma proposta de BOLSA MANUTENÇÃO (R$ 400,00 mensais).
Após serem eliminadas todas as possibilidades de negociação e conciliação entre os Residentes e a Reitoria, os estudantes decidiram seguir com a OCUPAÇÃO da Reitoria até que seja apresentada uma proposta que atenda as reivindicações da luta do movimento dos residentes por Assistência Estudantil e que seja garantida da continuidade da Residência Universitária da UEPB.
Os residentes exigem que seja aberto o Edital para inscrições de novas vagas na Residência e que melhore as condições de moradia existentes hoje. As manifestações dos estudantes são justas, eles lutam apenas pela garantia da efetivação de seus direitos. Eles demonstram, a todo o momento, que estão abertos ao diálogo, contudo, hoje a ocupação passa do seu terceiro dia e, mesmo assim, a REITORIA não apresenta nenhuma proposta de renegociação, sustentando a fala que não vai ser aberto o edital para a admissão de novos residentes.
Os estudantes continuaram firmes na luta contra essa política ultrapassada apresentada pela administração da UEPB.
Na terça-feira, 09 de março, a reitoria da UEPB aceitou sentar com os residentes e com o DCE para negociar e resolver as reivindicações.
Foi encaminhado por parte do DCE uma pauta de revindicações para a assitência Estudantil com os seguintes pontos: 1. Criação de uma Pró-Reitoria de Assistência Estudantil; 2. Atendimento da pauta dos residentes; 3. Reabertura imediata das vagas para a residência; 4. Definição de um número mínimo de 50 vagas para a residência e 5. Criação de residências em todos os campi.
A reitoria acatou todas as reivindicações dos residentes e DCE, prometendo avançar essa discussão nas próximas semanas.
Assim, está claro que o movimento estudantil organizado e combatico conquista.

Tiago Medeiros
UNE PB-RN

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Gestão Rebele-se do DCE/JML realiza audiência sobre construção do R.U.



Durante todo o período em que a gestão Rebele-se vanguardeia o movimento estudantil e as lutas do Instituto Federal do Ceará (IFCE), é perceptível muita combatividade e intransigência quando o tema é garantir aos estudantes uma assistência estudantil verdadeira. Foram várias manifestações e atos políticos exigindo a construção do Restaurante Universitário (R.U.), desde a gestão Correnteza 2006-2007.

Aconteceu no dia 10 de fevereiro, uma audiência pública no instituto para confirmar realmente à comunidade estudantil o andamento do processo licitatório, o inicio das obras para a construção do restaurante universitário. Além disso, a audiência teve o papel de divulgar aos estudantes, a conquista de uma emenda parlamentar de R$300 mil reais, ou seja, 50% do orçamento geral, através de uma articulação política encabeçada pela União da Juventude Rebelião (UJR) e o Diretório Central dos Estudantes do IFCE, com o Deputado Federal Eudes Xavier (PT-CE).

Estavam presentes na mesa de debate: Fabio Araujo (Coordenador-Geral do DCE-JML), Claudiane Lopes (União Nacional dos Estudantes), Antônio Carlos (Secretário- Geral do PT-CE, representando o Deputado Federal Eudes Xavier), Moisés Mota (Diretor Campus Fortaleza) e o Reitor do IFCE, Cláudio Ricardo. Ao longo do debate em que as representações declaravam suas opiniões acerca do R.U, à Reitoria fez questão de mostrar mais uma vez um novo projeto do restaurante aos estudantes, e explicou todo o processo burocrático, desde a garantia do orçamento até a contratação da empresa que executará as obras.

“O R.U significa todo um histórico de lutas desde 2007 ate hoje em que foi preciso vários debates, mobilizações e manifestações pra que em fim possamos dizer que só com lutas se garante as mudanças em nossas vidas”, exclamou Fábio Araujo. Entretanto, aos muitos estudantes que escutaram do Reitor Claudio Ricardo , que 2010 será o ano de inicio de todo o processo para construção do R.U, vale lembrar que por vários anos a Reitoria prometeu aos estudantes, mas não cumpriu, e se por mais uma vez o mesmo se repetir, o DCE-JML cumprirá novamente o seu papel de organizar os estudantes e levantar o mais alto a bandeira da real assistência estudantil.

Não à evasão escolar! R.U. já!

Claudiane Lopes – 3º Diretora de Políticas Educacionais da UNE.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

ABAIXO A CRIMINALIZAÇÃO DA JUVENTUDE E DO MOVIMENTO ESTUDANTIL NO EQUADOR

A juventude latino-americana é parte do rico processo de mobilizações e lutas que vive nosso continente. Nos últimos anos a classe operária e os povos têm se levantado contra a dominação imperialista e a opressão do sistema capitalista decrépito. As derrotas eleitorais sofridas pelos candidatos mais declaradamente neoliberais e a colocação de candidatos mais identificados com os interesses populares em seus lugares é resultado desse atual processo.


FEUE

No Equador, essa realidade também se faz presente. Do Brasil assistimos a luta da juventude e dos estudantes que conquistaram a educação pública gratuita; a luta conjunta com os professores contra os ataques do governo à educação; bem como, em todas as mobilizações que defenderam a autonomia universitária em todo esse processo de lutas, no qual jogaram papel fundamental a Federação dos Estudantes Universitários – FEUE e a Juventude Revolucionária do Equador – JRE.

Em nossa opinião os acontecimentos do início de dezembro, na Universidade Central do Equador que culminaram na prisão arbitrária de Marcelo Rivera, Luis Centeno e Luis Agurto expressam um movimento de criminalização dos movimentos sociais no país, que deve ser repudiado por todos os defensores da democracia e da liberdade.

Enquanto estão presos lutadores sociais que dedicam suas ações para a defesa de uma universidade popular, seguem impunes grupos fascistas provocadores que vem se formando dentro das universidades, no caso da Universidade Central do Equador, apoiados e financiados pelo atual Reitor Samaniego.

Através dessa nota vimos reafirmar nossa total solidariedade aos estudantes presos e expulsos, bem como ao movimento estudantil, a Federação dos Estudantes Universitários – FEUE e a Juventude Revolucionária do Equadro – JRE, alvos de mentirosos ataques e calúnias publicados na imprensa que pertence aos ricos. Exigimos a imediata liberdade de Marcelo Rivera, Luis Centeno e Luis Arguto e a reintegração desses na Universidade. Repudiamos ainda as medidas repressivas e de criminalização dos movimentos sociais tomados pelo Reitor e o corpo dirigente da Universidade Central do Equador.

  • Liberdade para Marcelo Rivera, Luis Centeno e Luis Arguto e imediata reintegração na Universidade;
  • Não à criminalização dos movimentos sociais e da juventude;


FEUE

28 de janeiro de 2010
Coordenação Nacional
União da Juventude Rebelião

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Todo apoio à Comissão Nacional da Verdade! - por Sandino Patriota

No apagar das luzes de 2009, a publicação pelo governo federal de um documento intitulado “Programa Nacional de Direitos Humanos” trouxe à tona contradições que sempre clamaram por solução no Brasil. O documento, um calhamaço de mais de duzentas páginas, podia até passar despercebido como apenas mais uma declaração de boas intenções, não fosse o reacionarismo e o medo de alguns setores encastelados nas forças armadas e de seus porta-vozes na mídia monopolizada.

Acontece que, no capítulo que trata do direito à Memória e à Verdade, o documento institui que o governo enviará ao congresso, até abril de 2010, um projeto de lei que criará a Comissão Nacional da Verdade. Esta comissão terá o papel de, a exemplo de países como Argentina ou Chile, reunir informações sobre os mortos e desaparecidos políticos durante a ditadura militar; investigar os torturadores e outros agentes que cometeram crimes de lesa-humanidade; verificar casos de enriquecimento ilícito através do uso do aparato ditatorial, além de coletar outras informações relacionadas. O mesmo documento define responsabilidades dentro do governo ligadas à promoção de ações culturais e pedagógicas que estabeleçam o direito à memória, como a de renomear espaços públicos que hoje homenageiam quem foi responsável pela tortura, e outras ligadas ao ordenamento jurídico, como a ratificação de acordos internacionais relacionados aos direitos humanos.

Isso foi o suficiente para que uma série de generais de alta patente e o Ministro da Defesa, Nelson Jobim, apresentassem pedido de demissão como forma de pressionar o governo. A grande mídia foi, mais uma vez, porta-voz desses setores retrógrados afirmando que o governo estava querendo “rever a Lei da Anistia”, “que era preciso punir também os militantes de esquerda que praticaram a luta armada” e que o documento era “contra as forças armadas brasileiras”. Logo se vê que esses setores temem a verdade. E muito.

Temem a verdade a Folha de São Paulo e a Globo, porque uma Comissão Nacional da Verdade comprovaria todas as falcatruas que fizeram a família Frias e a família Marinho para construir seus impérios de comunicação, acobertando sequestros e torturas, divulgando as mentiras dos ditadores. Temem a verdade uma série de monopólios capitalistas que viram sua fortuna multiplicar no período da ditadura através do chamado “milagre econômico”. Enquanto que para o povo brasileiro sobrou o peso da dívida que retira dinheiro da saúde e da educação públicas, para esses monopólios (em especial o da construção civil como a OAS e a Odebrechet) ficaram todo o lucro das gordas licitações de obras faraônicas, algumas que nunca foram concluídas, como a Transamazônica.

Mas temem a verdade, principalmente, os torturadores, aqueles que ordenaram e/ou praticaram os crimes contra a humanidade que, segundo as regras do direito internacional, não prescrevem nunca. Não se trata de nenhum revanchismo levar esses monstros ao banco dos réus, mas sim de estabelecer a verdade histórica e deixar claro para as atuais e futuras gerações que aqui se faz, aqui se paga, que não existe impunidade para quem tortura e servicia um ser humano, e que as torturas contra criminosos comuns, que seguem existindo no sistema penal brasileiro, precisam ter um fim.

A União Nacional dos Estudantes é, talvez, a entidade do movimento popular mais interessada na instauração e no funcionamento de uma Comissão Nacional da Verdade. São parte dos desaparecidos políticos e torturados brasileiros alguns ex-diretores da UNE, entre eles Honestino Guimarães, presidente da entidade no início da década de 70, sequestrado pela ditadura e até hoje não encontrado. Interessa-nos uma Comissão da Verdade para saber de quem partiu a ordem e quem organizou o incêndio do nosso prédio na Praia do Flamengo através de um ato terrorista logo após o golpe de 64. Queremos uma Comissão da Verdade que identifique como se formou toda uma cadeia de dedurações no interior das universidades, responsável pela perseguição e expulsão de uma série de estudantes, professores e funcionários.
Nosso país não alcançará uma democracia plena enquanto não fizer esse necessário encontro com a sua história e lavar as feridas provocadas pelos que torturaram e sequestraram. É papel dos estudantes e da UNE defenderem de maneira firme a instalação da Comissão Nacional da Verdade e a punição para os que praticaram ou ordenaram crimes contra a humanidade.